
Terapia Afirmativa
A Terapia Afirmativa é voltada para pessoas que pertencem a minorias sociais (pessoas LGBTQIA+, pessoas negras, pessoas com deficiência, etc.). Não é uma abordagem, mas sim um conjunto de conhecimentos sobre as consequências que ser parte de uma minoria social tem na saúde mental de indivíduos. A Psicologia precisa ser capaz de entender que diferentes pessoas vêm de diferentes contextos sociais e a Terapia Afirmativa cumpre esse papel de adaptar tratamentos padronizados para que os mesmos não invalidem e revitimizem minorias.
Trabalhar com Terapia Afirmativa se baseia principalmente na Teoria de Estresse de Minoria que foi desenvolvida por Winn Kelly Brooks (Minority Stress and Lesbian Woman – 1981) e popularizada no meio científico por estudos de Ilan Meyer que confirmaram com evidências a existência dos efeitos desse estresse.
A Teoria de Estresse de Minoria para minorias sexuais e de gênero é uma forma de sistematizar e ampliar o entendimento sobre as vivências comuns a pessoas que se identificam como lésbicas, gays ou bissexuais (LGB), portanto minorias sexuais, e o impacto destas na saúde mental desta população. O Estresse de Minoria é estudado como uma das causas para a alta prevalência de desfechos de ansiedade e depressão entre pessoas que se identificam com sexualidades diferentes da heterossexualidade e/ou que não se identificam com o gênero designado ao nascerem. Também há evidências de que o Estresse de Minoria afeta populações negras, indígenas, asiáticas e de imigrantes.
A Terapia Afirmativa tem como foco promover a aceitação, o orgulho e a afirmação da própria identidade. O trabalho feito entre psicóloga e paciente busca manter uma postura não-julgadora, encorajar o aumento da rede de apoio, e validar experiências de violência ao mesmo tempo que fortalece o indivíduo para se expor a novas situações de forma segura.